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Teixeira: Uma viagem ao ano de 1940 e a Chácara do bairro Nova América

08/05/2019 - 08h00Por: Tirabanha

Dando continuidade ao Especial que conta os fatos históricos de Teixeira de Freitas, o seguinte artigo levará o leitor a uma viagem ao passado, basta se dirigir rumo ao bairro Nova América, para encontrar uma chácara do início da história de nossa cidade.

De fato, a História tende a se apagar da memória, como que soterrada pelas areias do tempo. O ontem dá espaço ao hoje, que também desaparecerá em meio ao amanhã; quem dirá das lembranças de décadas atrás. Contudo, sempre há alguém que as preserva, pois sabe que basta uma única geração para que tudo desapareça. É o caso de Walter Correria do Espírito Santo, que há anos vem conservando uma chácara da década de 1940. Essa simples chácara é um fragmento da história de Teixeira.

A quatro quilômetros da cidade, localizada na Avenida Alcobaça, no bairro Nova América, espremida entre a BA-290 e um vale cortado pelo “Córrego do Tampão” e o rio Itanhém, a chácara possui uma farinheira dos tempos antigos, uma relíquia de nossa história. No local, os visitantes, ainda, podem se deparar com diversas árvores nativas como a Jequitibá, Vinhedo e Ipês que foram predominantes na paisagem, hoje deserta, antes da exploração intensiva da madeira.

O local era usado para fazer roça de mandioca, atendendo a farinheira da Prainha, situada na Nova América, que atuou em meados de 1960. Apesar da família de Walter ter vivido na chácara em 1947, a farinheira só foi construída no fim dos anos 60.

Somente trabalhavam na farinheira os membros da família, que produziam farinha, tapioca, beiju de goma para o consumo próprio. O que sobrava era vendido para os armazéns locais. Walter relata que sua família não possuía o costume de vender o produto na feira do povoado.

Algo como a chácara da família de Walter é digno de se tornar parte de nosso patrimônio histórico, assegurado pelo Estado, para que se conserve a cada geração; pois aqueles que desconhecem a sua história, não sabem quem são e para aonde vão. Uma visita ao local é uma verdadeira viagem ao passado, sem que se precise de máquina do tempo.

Fonte: Daniel Rocha/Tirabanha


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Fatos Históricos

Domingos Cajueiro Correia, de 65 anos, é o primeiro policial rodoviário a se formar no município. Ele faz parte de uma família que leva consigo a história de Teixeira de Freitas, desde quando era um pequeno povoado até a sua criação, e que contribuiu para o desenvolvimento do município. Hoje, além de atuar nas rodovias, ele dedica seu tempo para contar relatos narrados por seus familiares. Aproveitem este espaço que vai mostrar curiosidades que muitos teixeirenses desconhecem.

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