UFSB garante nota máxima em índice de qualidade do MEC
A Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) recebeu nota máxima no Índice Geral de Cursos (IGC). O IGC avalia a qualidade das instituições de ensino superior no país com notas que variam de 1 a 5. Os dados foram divulgados na última terça-feira, 2 de abril, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Com dez anos de existência a UFSB passou por três avaliações do indicador de qualidade, obtendo a nota máxima em todas. Por ser uma instituição nova, a UFSB precisou esperar as primeiras turmas de formando prestarem o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) para passar a ter a qualidade do seu ensino avaliada. Segundo o pró-reitor de Gestão Acadêmica, Francesco Lanciotti Júnior, o resultado mostra o esforço da UFSB em se manter conectada com os atuais interesses do mercado e dos estudantes.
“A grande maioria dos nossos cursos tem notas entre 4 e 5. O fato de sermos uma universidade nova, nos dá condições de avaliar o que a nossa sociedade busca como formação e o que as instituições oferecem nos seus cursos. Nós temos a possibilidade de construir cursos sempre antenados com a regulamentação mais atual do INEP e buscar estar dentro dos parâmetros de qualidade”, afirmou.
A UFSB conta com 47 cursos de graduação e 13 de pós-graduação distribuídos em três campi nas cidades de Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas. Além disso, a instituição atende uma rede de colégios universitários em dez municípios da região. São cerca de 4.500 estudantes e 380 professores, entre os quais, cerca de 85% são doutores. Ainda assim, Francesco afirma que o corpo docente é menor do que o necessário para atender de forma plena as necessidades da UFSB.
“O nosso corpo de servidores tanto docentes, quanto técnicos administrativos, tem se desdobrado para dar cabo das funções e cumprir as atividades que a gente precisa para manter o funcionamento dos cursos dentro da qualidade que a gente consegue oferecer. No plano de implantação da universidade estavam previstos 690 docentes até 2020, mas nós estamos com um pouco mais da metade”, continuou Francesco.
O IGC indica a qualidade das universidades, faculdades e centros universitários localizados no país, dando notas que vão de 1 a 5, e leva em consideração cinco aspectos: a nota do Enade (prova que os formandos fazem); o quanto o aluno melhorou do Enem para o Enade; um questionário respondido pelos estudantes sobre as condições de estudo que tiveram; o nível de formação dos professores e o tipo de contratação deles; além da avaliação da pós-graduação que a Capes faz de cada instituição.
A nota leva em consideração a média do Conceito Preliminar de Curso (CPC) dos anos 2019, 2021 e 2022. Para obter o conceito máximo no IGC, é necessário que a universidade receba uma pontuação média dos cursos acima de 3,95.
O pró-reitor da UFSB conta que a universidade tem planos de abrir cursos na modalidade do ensino à distância (EAD), a partir do próximo ano. Ainda não há definição de quais áreas do conhecimento serão ofertadas, mas a proposta está sendo desenhada pela UFSB. A expectativa é conseguir a inclusão de estudantes de municípios da região que não consigam comparecer as aulas presenciais.
“O momento atual é de entender o que os alunos têm como motivação e perspectiva quando vem para a universidade. A gente tem percebido uma queda de interesse dos mais jovens nos cursos mais tradicionais ofertados de forma presencial. O nosso desejo é tentar perceber onde eles estão, seus interesses e expectativas para que possamos oferecer uma formação qualificada a nível superior”, finalizou.