Investigação

Tio que estuprou sobrinha e a manteve em cativeiro por 10 anos em Teixeira e Jucuruçu se entrega à polícia

16/10/2024 - 19h07Por: Sulbahianews

Um homem de 43 anos, acusado de abusar e manter a própria sobrinha em cativeiro por quase 10 anos, morando por último em Jucuruçu, se entregou à Polícia Civil de Linhares-ES, na última segunda-feira, 14 de outubro.

A jovem de 25 anos foi libertada no final de setembro, em Jucuruçu, mas o suspeito conseguiu fugir pelo mato. Desde então ele era considerado foragido e após se entregar, foi preso e encaminhado para o Centro de Detenção Provisória no município da Serra, na Grande Vitória.

A vítima era considerada desaparecida desde 2015, quando morava em Rio Bananal, Norte do Espírito Santo. Ela foi encontrada em um cativeiro localizado em uma área de difícil acesso no dia 20 de setembro, no interior de Jucuruçu.

A vítima relatou que, durante esses anos, sofreu abusos sexuais, era mantida trancada e sob ameaças de morte, inclusive contra seus familiares, caso tentasse escapar. Também contou que era forçada a trabalhar na roça.

A jovem só conseguiu pedir ajuda depois que o suspeito deu um celular para ela. Com o aparelho, a vítima solicitou o resgate. “Ela criou uma conta na rede social Instagram e conseguiu pedir ajuda. Foi a partir daí que conseguimos montar a operação”, disse o delegado Fabrício Lucindo.

Além de libertar a vítima, a Polícia Civil apreendeu no local três armas de fogo de fabricação caseira, incluindo uma arma calibre 12 e um revólver calibre 38, além de munições e documentos falsos.

As investigações da Polícia Civil apontaram que a vítima foi sequestrada aos 15 anos em Rio Bananal, no norte do Espírito Santo, e levada para Teixeira de Freitas.

Ao chegar a Bahia, passou a ser deixada trancada em casa. O suspeito dizia que se ela tentasse fugir, mataria ela e a família. Desde então, só saía de casa acompanhada do suspeito e era vigiada todo o tempo e não permitia que ela fosse à escola e era constantemente agredida fisicamente.

O suspeito monitorava conversas ocasionais dela com outras pessoas. Tio e sobrinha viajavam apenas de carro, nunca de ônibus.


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