O território de Caravelas e a origem de Teixeira, disputa pela Usina Santa Maria e suas 4 rodovias
No coração do sul da Bahia encontra-se um tesouro de histórias e peculiaridades: o município de Caravelas, com seu vasto território de 2.380 km², oferece muito mais que belas paisagens e praias deslumbrantes. Ao longo das suas quatro importantes rodovias – duas federais (BR 101 e 418) e duas estaduais (BA 290 e 696) – há um universo de curiosidades a serem descobertas.
Uma das principais vias de acesso mais conhecidas é a BA 696, que liga Caravelas ao município de Alcobaça, no entanto os vários outros distritos caravelenses estão distribuídos ao longo do território às margens da BR 418, como Juerana e Helvécia, ou na rodovia BR 101, em Rancho Alegre.
Atravessando a BR 101, o território se expande até a BA 290 onde está localizado o distrito de Barcelona, na divisa com Medeiros Neto e Lajedão.
No centro dessa divisão, fica a Usina Santa Maria, distante cerca de 15 km da sede de Medeiros Neto e 130 km da sede caravelense.
Pela lei atual, a empresa está em território de Caravelas, enquanto todos os registros foram feitos em Medeiros Neto. Em decorrência disto, os impostos são recolhidos para o município medeirense, desde a criação da usina.
Praça Teófilo Otoni : Correios e telégrafosOutro fato curioso sobre Caravelas, em relação ao seu território, é que ela é considerada a segunda cidade mais velha do país, sendo que diversos os municípios em seu entorno surgiram dos desmembramentos dela.
No século 19, a Comarca de Caravelas (âmbito jurídico) envolvia os municípios do sul da Bahia: Alcobaça, Prado, Caravelas, Viçosa (atual Nova Viçosa) e Porto Alegre (atual Mucuri).
A cidade de Teixeira de Freitas, por exemplo, surgiu em resultado de uma divisão entre Alcobaça ao norte e Caravelas ao leste.
O Mercado Caravelas, no Vila Vargas, seria uma das poucas lembranças desta época, ainda vivas na região central de Teixeira de Freitas.