Investigação

Mulheres vítimas de maus-tratos e violência sexual são resgatadas de falso centro terapêutico

17/03/2024 - 17h27Por: BahiaNotícias

Seis mulheres foram resgatadas de um falso centro terapêutico para dependentes químicos no bairro Morada do Planalto, na cidade de Planalto, no Sudoeste da Bahia. Das seis internas resgatadas, uma tem 18 anos e as outras cinco são idosas. O imóvel foi vistoriado por órgãos da prefeitura e pela PM, e foi constatado que as internas eram agredidas verbalmente, fisicamente e sexualmente. 

De acordo com o g1, o espaço funcionava sob os cuidados de um casal de pastores, que cobrava entre R$ 500 e R$ 1 mil por mês para acolher as vítimas. Duas eram de Mata Verde, em Minas Gerais; duas de Vitória da Conquista; uma de Nova Canaã; e outra de Jequié, todas cidades do Sudoeste baiano. Elas foram atendidas pelo Centro de Referência de Assistência Social (Creas) do município e, em seguida, entregues às famílias.

De acordo com a Polícia Militar, o resgate foi feito por órgãos municipais, a exemplo da Secretaria de Assistência Social, e pela PM após denúncias. “Recebemos denúncias de órgãos municipais e do Ministério Público, de que estaria ocorrendo crimes contra a mulher e também de saúde pública no interior desta residência”, explicou o tenente Oseias Varges.

De acordo com o g1, as mulheres viviam em péssimas condições sanitárias e trancadas em quartos. Elas dormiam em beliches feitos de ripas e com pregos expostos. Familiares das vítimas relataram que as mulheres foram violentadas e estão com o psicológico muito abalado. Durante o resgate, algumas internas precisaram, inclusive, ser carregadas por policiais.

 Por meio de nota, a Polícia Civil informou que um inquérito foi instaurado na Delegacia Territorial (DT) de Planalto para investigar as denúncias de importunação sexual e maus-tratos praticados contra as seis mulheres resgatadas. “Um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por maus tratos foi lavrado contra uma mulher responsável pelo estabelecimento, o qual apresentava péssimas condições estruturais. Oitivas de funcionários e pacientes vão auxiliar na investigação”, informou a corporação.


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