Mulher é presa suspeita de exercício ilegal da medicina ao realizar atendimento oftalmológico em igreja

Uma mulher de 46 anos que realizava atendimento oftalmológico em uma igreja, foi presa em flagrante, suspeita de exercício ilegal da medicina, em Porto Seguro, no extremo sul do estado, na quinta-feira, 10 de abril.
Segundo a Polícia Civil, a suspeita foi flagrada realizando procedimentos como exames e consultas, sem possuir a devida formação ou autorização legal para a prática médica.
Testemunhas relataram ter realizado exames com a mulher e confirmaram a prática de venda casada, envolvendo consultas e a comercialização de lentes e armações, com vínculo a uma clínica localizada em Minas Gerais.
O nome da mulher não foi divulgado. Também não se sabe há quanto tempo ela atuava, nem quantos pacientes foram atendidos pela suspeita.
Conforme a PC, a atividade era realizada na igreja sob a justificativa de se tratar de uma ação social voltada à população carente. A mulher confessou a prática, mas alegou estar atuar como optometrista, profissão que, segundo ela, é regulamentada pelo Conselho de Optometria.
O optometrista é o responsável pela avaliação primária da saúde da visão e não tem qualificação médica para aprofundar procedimentos e tratamentos.
Durante a ação, foram apreendidos diversos materiais utilizados nos atendimentos, como um autorefrator, caixa de prova optométrica, receituários oftalmológicos, óculos e lentes de grau, entre outros. Todos os itens foram recolhidos e encaminhados para passar por perícia.
A mulher foi encaminhada para a delegacia, onde foi feito o flagrante do Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) pelo crime de exercício irregular da medicina, como função de oftalmologista. Ela vai responder pelo crime em liberdade.