Violência

Homem que matou itamarajuense torturava a irmã dela e chegou cortar suas partes íntimas com alicate

20/11/2024 - 16h02Por: Sulbahianews

Novas informações divulgadas nesta quarta-feira, 20 de novembro, revelam o histórico violento de Paulo dos Santos Pereira, de 42 anos.

Ele é acusado de matar Marcela Ramos, de 36 anos, natural de Itamaraju, na cidade de Serra, Espírito Santo. A vítima morreu na manhã desta terça-feira, 19, em uma unidade hospitalar, após ser baleada no dia 15 enquanto trabalhava.

Paulo foi preso no mesmo dia do crime e confessou a autoria dos disparos. Inicialmente, o caso foi tratado como tentativa de latrocínio. No entanto, as investigações apontaram que o homem era cunhado de Marcela e agiu por vingança.

Segundo a polícia, Paulo acreditava que Marcela estava ajudando sua irmã — esposa dele — a se esconder após ela fugir de casa devido a agressões constantes em um relacionamento abusivo que durava cerca de 10 anos.

As investigações também revelaram que a esposa de Paulo foi torturada um dia antes do crime. Ela relatou não suportar mais a convivência com ele, com quem tem dois filhos.

Paulo é acusado de submeter a mulher, ao longo dos anos, a diversas formas de tortura física e psicológica. Entre as agressões, ela teria tido um braço quebrado, a orelha esquerda decepada com uma foice, a orelha direita cortada com um barbeador, os dedos esmagados com martelo e as partes íntimas mutiladas com um alicate.

A esposa do acusado fugiu para a Bahia, onde denunciou as agressões à polícia.

Marcela vivia momento de superação

O Sulbahianews apurou que Marcela vivia um período de renovação e felicidade após vencer uma dura batalha contra o câncer de útero. Mãe de dois filhos maiores de idade, ela trabalhava há cerca de 10 anos em uma padaria no bairro Hélio Ferraz, onde era muito querida pela comunidade.

Durante o tratamento contra o câncer, amigos e vizinhos organizaram uma campanha de arrecadação para ajudá-la com os custos médicos, gesto que emocionou sua família e deu força para sua recuperação.

No dia em que foi baleada, um de seus filhos estava na padaria e presenciou o momento em que a mãe foi atingida pelos disparos.