Fazenda Nova América e a família que mudou a história de Teixeira
O Sulbahianews conta a história dos antigos moradores que fizeram história em Teixeira de Freitas, deixando descendentes que até os dias atuais contribuem com o município.
Em 1922, o senhor José Félix de Freitas Correia adquiriu a Fazenda Nova América e se classificou entre os maiores produtores de café das décadas de 1930 e 1940.
Além de uma grande produtora, a fazenda era ponte de encontro de tropeiros e garimpeiros que vinham do Norte e Sul da Minas em busca de pedras preciosas da lavra de Juerana, situada entre Santo Antônio e Rancho Queimado.
Na Fazenda, existia uma pequena Igreja Católica onde a população costumava frequentar e realizar casamentos e batismos. A capela de São Benedito foi erguida em 1930, sendo uma das mais antigas do território.
Pelo menos três vezes no ano eram realizadas na capela missa e sacramentos com um padre que vinha de outra cidade. O religioso enviava cartas, muitas vezes escritas a mão, informando a sua chegada para realizar casamentos e batismos.
Mais tarde, em 1940, o filho do senhor José Felix, Isael de Freitas Correia, se destaca como grande produtor da região. O fazendeiro comprou terras e alavancou com a produção de café, farinha, feijão, milho, cacau e também criadouro de suínos.
Isael era casado com Maria de Lordes, uma das parteiras daquela época, e moravam em uma casa na área onde hoje é a sede do 13º Beic. O casal teve filhos, entre eles, está o primeiro policial rodoviário do município, Domingos Cajueiro Correia, nascido em 11 de abril de 1954.
Alguns anos se passam, o Derba se instala na cidade em uma área doada por Isael, e com mais de 150 trabalhadores começam abrir as primeiras estradas. A Fazenda Nova América ficava aos arredores da estrada e Isael percebeu que precisava vender aquelas terras para que bairros fossem construídos.
Isael foi o primeiro a se desfazer de suas terras. Mais tarde, seus irmãos Walfrido de Freitas Correia, Servido Nascimento Correia e Antimio de Freitas Correia, também venderam suas partes, deixando apenas a sede principal, que até os dias atuais permanece conservada na BR-101, próximo a ponte do rio Itanhém, na Prainha.
Da Fazenda Nova América se originou os bairros Mirante do Rio, Nova América, Caminho do Mar, São José, Castelinho, Jerusalém e Monte Castelo.
O senhor Isael e sua família fizeram história, contribuindo para o desenvolvimento da cidade, deixando, além de lembranças, descendentes que continuam trabalhando diretamente para a população.
Atuando na preservação de vidas na rodovia está o Domingos Cajueiro, que desde pequeno acompanha seus pais nos serviços diários.
Aos 8 anos começou estudar e aos 11 já trabalhava fazendo transporte a cavalo para a venda de leite do trevo até o Centro da cidade.
Em 1969, Domingos foi para Caravelas estudar e em 1971 retornou para o município, onde começou a cursar Contabilidade.
Cinco anos após, Domingos concluiu o curso na primeira turma de formandos do município, na época no Centro Educacional Professor Rômulo Galvão (Ceprog).
No ano seguinte, Domingos fez a inscrição para a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e foi admitido em 1º de outubro de 1979, como o primeiro agente de Teixeira de Freitas.
Já são 37 anos de profissão. Domingos, hoje inspetor da PRF, também doa seu tempo em visita a escolas contando as histórias de seus antepassados e do processo de evolução do município.
*Essas informações foram extraídas durante uma entrevista com o antigo morador, Domingos Cajueiro, neto do senhor José Félix Correia, fundador da Fazenda Nova América.
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Fatos Históricos
Domingos Cajueiro Correia, de 65 anos, é o primeiro policial rodoviário a se formar no município. Ele faz parte de uma família que leva consigo a história de Teixeira de Freitas, desde quando era um pequeno povoado até a sua criação, e que contribuiu para o desenvolvimento do município. Hoje, além de atuar nas rodovias, ele dedica seu tempo para contar relatos narrados por seus familiares. Aproveitem este espaço que vai mostrar curiosidades que muitos teixeirenses desconhecem.
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