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Fatos Históricos: A evolução de Teixeira por meio da Fazenda Cascata
Na Fazenda Cascata, localizada às margens da BA-290, se concentra o único patrimônio histórico de Teixeira de Freitas.
A Fazenda foi fundada em meados do século XIX, a aproximadamente 160 anos, por Joaquim Muniz de Almeida, na época, residente de Alcobaça. Ele fez uma viagem de canoa pelo rio Itanhém para chegar até a região, onde trabalhou com cultivo de mandioca.
A Cascata se tornou bem sucedida por Joaquim Muniz de Almeida Filho e, consequentemente, por Joaquim Muniz de Almeida Neto, conhecido como ‘Quincas Neto’, que produziu importantes coisas para o desenvolvimento da região.
‘Quincas Neto’ tinha uma boa relação comercial com Alcobaça e com o projeto de expansão para Caravelas, chegou até a fazenda através de balsa, e construiu 60 km de estrada ligando Teixeira a Caravelas, a atual BA-696.
Com a construção dessa estrada, foi possível o transporte de energia elétrica na fazenda, que contribuiu para a chegada de eletrodomésticos. Após a então evolução da fazenda, sentou-se com o prefeito de Alcobaça, na época Antônio Simplício de Barros, e fizeram a construção da ponte sobre o rio Itanhém.
Com a implantação da ponte foi possível construir a primeira escola estadual, e em 1934 recebeu a primeira professora.
Algum tempo depois, a fazenda teve uma alta queda na produção de café e afetou os produtores, que começaram a investir em uma frota de cacau. A fazenda foi responsável pela primeira venda e o abastecimento dos moradores da região.
No início do povoado de Teixeira de Freitas, não havia agência bancária, a mais próxima ficava no município de Caravelas, e vendo essa necessidade, os moradores se juntaram e foram até Brasília, reivindicar a construção de uma agência do Banco do Brasil no município. Entre a comitiva que buscava melhorias para o povoado estava o atual prefeito, Timóteo Brito.
Em Brasília, o diretor do Banco do Brasil quis saber onde ficava o município, pois não constava no mapa, e o único marco no mapa era a Fazenda Cascata. Então, ficou acertado a instalação de uma agência no povoado.
Após esses acontecimentos os números de visitantes a fazenda aumentaram. Por causa da iniciativa dos principais fundadores e responsáveis pela produção de cacau, café, açougue e outros, a fazenda se tornou um ponto específico na época, e as pessoas tinham a Cascata como referência.
No ano de 2000, o prefeito Vagner Mendonça decretou um projeto onde ele transforma a Fazenda Cascata como patrimônio histórico da cidade de Teixeira de Freitas, que significou a importância do acervo. No sobrado localizado na fazenda, existe um museu, que possui documentos, fotos, louças, prata, tecidos, móveis e documentos históricos. Também está preservada a casa da farinha, a venda que foi responsável pelo comércio de todo cultivo feito ali, a primeira capela em homenagem a São José, que é considerado o padroeiro da fazenda.
Nos dias de hoje a Fazenda Cascata, que é dirigida pelo senhor José Sérgio, possui um acervo avaliado pelo PAC (Patrimônio Artístico Cultural) desde 1980 que reconhece algumas edificações, como o sobrado, a casa de farinha, a estufa, entre outros.
A Fazenda Cascata recebe visitas de escolas e universidades, que realizam pesquisas sobre o valor histórico agregado a este lugar.
Com o crescimento no número de visitas, foi construído um restaurante, que proporciona uma boa recepção aos visitantes.
Mas, isso não é tudo. A Fazenda Cascata ainda possui muitas histórias que serão reveladas no próximo editorial de Fatos Históricos.
Oportunidades de emprego:
Fatos Históricos
Domingos Cajueiro Correia, de 65 anos, é o primeiro policial rodoviário a se formar no município. Ele faz parte de uma família que leva consigo a história de Teixeira de Freitas, desde quando era um pequeno povoado até a sua criação, e que contribuiu para o desenvolvimento do município. Hoje, além de atuar nas rodovias, ele dedica seu tempo para contar relatos narrados por seus familiares. Aproveitem este espaço que vai mostrar curiosidades que muitos teixeirenses desconhecem.
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