Especial Fatos Históricos: Mulheres que marcaram a história de Teixeira
O editorial desta semana vai relembrar quem foram as pessoas que contribuíram para o crescimento e marcaram a história de Teixeira de Freitas.
Apesar de não estarem mais entre os vivos, estas pessoas mudaram a política, a saúde e a administração. Cada uma contribuiu de sua forma pessoal e hoje são lembradas pela população; veja quem são:
Maria Mil Réis
Maria Gil Amaral, popularmente conhecida como ‘Maria Mil Réis’, nasceu no ano de 1940, na cidade de Itaiobim/MG, e se mudou para Piraji, interior baiano, lá viveu até os meados de 1965, quando se mudou para Teixeira.
Já no município teixeirense, Maria foi morar em uma casa próximo a feira de quarta, onde conheceu uma amiga que lhe ofereceu dinheiro para iniciar um negócio. Com o dinheiro em mãos, Maria comprou um saco de biscoito e uma garrafa térmica, conhecida como ‘quente-fri’, e montou uma barraca às margens da BR-101.
Com a expansão da região, o negócio de Maria alavancou e devido à moeda comercializada naquela época, os seus clientes a apelidaram de ‘Maria Mil Réis’.
Maria, que morava nos meados de onde hoje é o Shopping PátioMix, teve sua tapera incendiada por vândalos, e mais tarde recebeu ajuda para construir uma nova.
Maria foi adquirindo posses e construiu uma casa de blocos. Com estabilidade, ela e o seu marido adotaram uma criança de dois meses, e a chamou de Rosineia Ferreira Nunes.
Maria era bastante conhecida e influente na política, na época, ela acompanhou o processo de emancipação política do município e apoiou a eleição do primeiro prefeito.
10 anos depois, Maria ficou viúva e precisou criar sua filha sozinha. Muito guerreira, Maria Mil Réis comprou as terras ao redor de sua casa, mas essa fartura de terras não durou muito tempo. Com a chegada das grandes empresas de celulose, Maria se viu obrigada a vender suas posses, ficando apenas com um terreno, que anos depois foi vendido para um amigo de confiança.
Rosineia se casou e foi morar no Espírito Santo. Alguns anos mais tarde, recebeu a notícia de que Maria estava doente e estava sendo cuidada no Lar dos Idosos, onde viveu bem até 10 de abril de 2008, quando, aos 68 anos, sofreu um infarto e não resistiu.
Dona Mariinha
Maria Santos Castro, a “Dona Mariinha”, chegou a Teixeira de Freitas junto com seu esposo, o médico Rafael de Castro, nos meados de 1970, e em 1971 fundou o hospital Sobrasa, quando o município ainda era um pequeno povoado. O casal trouxe consigo o sonho de interiorizar a saúde.
Na época, a unidade hospitalar funcionava basicamente com os fundadores, até que os primeiros médicos fossem atraídos.
Em 3 de novembro de 2012, ela participou de um novo momento histórico para o Sobrasa, quando a unidade se tornou um marco da região ao inaugurar a primeira UTI particular do extremo sul baiano.
Com a inauguração da UTI, o Sobrasa ratificou, na época, sua consolidação como referência em saúde regional.
Para a conquista, “Mariinha” assinou o contrato de financiamento com o Banco do Nordeste no valor de R$ 1.380.000,00 para conclusão do projeto de instalação da UTI.
Na noite da inauguração, uma quinta-feira, a “Dona Mariinha” disse que o momento marcava mais uma etapa vencida ao longo dos anos, na ocasião, seus 41 anos em Teixeira de Freitas, “os melhores anos da minha vida foram dedicados a essa cidade, estou muito feliz”, comentou ela em uma noite memorável.
Em 23 de maio de 2017, aos 95 anos, Mariinha morreu no hospital, onde estava internada, ela teve uma falência múltipla de órgãos. “Dona Mariinha” foi, sem dúvidas, uma das pessoas que contribuíram para o desenvolvimento do município, principalmente na área da Saúde.
Ficou curioso sobre mais histórias de Teixeira? No próximo editorial o Sulbahianews vai contar a trajetória de mais dois grandes nomes que são referências no desenvolvimento de Teixeira. Aguarde!
Oportunidades de emprego:
Fatos Históricos
Domingos Cajueiro Correia, de 65 anos, é o primeiro policial rodoviário a se formar no município. Ele faz parte de uma família que leva consigo a história de Teixeira de Freitas, desde quando era um pequeno povoado até a sua criação, e que contribuiu para o desenvolvimento do município. Hoje, além de atuar nas rodovias, ele dedica seu tempo para contar relatos narrados por seus familiares. Aproveitem este espaço que vai mostrar curiosidades que muitos teixeirenses desconhecem.
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