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Encanto da natureza: projeto ambiental realiza soltura de filhotes de tartarugas marinhas em Alcobaça

Imagens/ João Victor Saraiva

05/01/2024 - 10h08Por: Sulbahianews

Na manhã da última quinta-feira, 4 de janeiro, a Secretaria do Meio Ambiente de Alcobaça realizou a entrega de 120 filhotes de tartarugas cabeçudas ao mar, na presença de turistas. Essa ação integra uma parceria entre a Secretaria, o ICMBio e o Centro Tamar.

A legislação determina que o litoral do extremo Sul até Regência em Linhares seja uma área prioritária para a desova de tartarugas marinhas. Assim, durante o ano de 2023, a equipe da Secretaria de Meio Ambiente da cidade passou por um treinamento em conjunto com o Centro Tamar em Caravelas, com o apoio do ICMBio, assim como ocorreu em todas as cidades dessa faixa litorânea. Esses órgãos, em conjunto com a legislação, também estabeleceram a proibição da circulação de veículos motorizados não autorizados na faixa de areia, devido ao perigo de violação de ninhos.

A partir desse treinamento, a Secretaria de Meio Ambiente buscou parcerias e desenvolveu um projeto com a Prime Food, uma fazenda marinha que construiu um berçário para os ovos de tartaruga, desde a sua postura até a eclosão. Com isso, a equipe da secretaria realiza o monitoramento das desovas, que ocorrem no período de outubro a dezembro, e a posterior devolução ao mar.

“Em Alcobaça, cada vez menos tartarugas têm desovado. Sabemos que isso é um sinal de que há menos tartarugas nascendo na nossa cidade, pois a tartaruga é um animal que retorna ao mesmo litoral onde nasceu para desovar quando adulta. Portanto, se observamos uma redução de adultos vindo desovar em nossa orla, significa que também há uma diminuição no nascimento e na sobrevivência desses animais, prejudicando seu retorno para desovar”, destaca a bióloga e então secretária do Meio Ambiente em Alcobaça, Daiane Mafra.

O principal motivo para a necessidade de transportar os ovos para áreas protegidas é a antropização, ou seja, o uso dessas áreas por barracas de praia e turistas. Além disso, há o conhecimento popular de que os ovos possuem propriedades afrodisíacas, o que, mesmo sendo uma crença equivocada, leva à violação dos ninhos para consumo e, até mesmo, comercialização de forma ilegal. Assim, torna-se cada vez mais necessário o monitoramento constante dos ninhos para garantir a preservação da espécie.


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