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Eike Batista, Luma de Oliveira e o ego de um juiz
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A primeira vez que ouvi falar de Eike Batista foi num desfile de Carnaval, quando a deslumbrante Luma de Oliveira causou o maior frisson ao desfilar usando uma coleira com o nome dele, seu marido na época.Foi um rebuliço. Uns a acusavam de submissa, de vendida e de outras coisinhas mais. Eu, particularmente, achei o máximo uma mulher assumir tão publicamente que tinha um dono, usando uma coleira, como se fosse uma cachorrinha. Ou, se tratando de Luma, uma cachorrona.
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A partir desse evento, o Brasil passou a “seguir” a vida de Luma e de seu poderoso marido. Dessa união nasceram dois meninos: Thor, nome do deus do trovão e Olin, nome de um poeta grego. Nomes bem interessantes, como interessante foi a trajetória de Eike.
O tempo passou, o poderio econômico de Eike aumentou consideravelmente, Luma se envolveu com outros amores (teve um caso com um bombeiro que soltou faíscas no carnaval carioca), os meninos cresceram e, também se envolveram com beldades televisivas.
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Depois Eike voltou ao meu mundo pela boca da escandalosa socialite Narcisa Tamborindeguy, que exclamava sucessivamente “Eike delícia”, “Eike gostoso”, quando queria expressar espanto por qualquer coisa.
Thor, dirigindo um carrão da família, se envolveu num acidente automobilístico e de novo o famoso pai foi resgatado para o mundo dos jornais televisivos. Alguns diziam que tudo terminaria em pizza porque o “papai” era rico. A ninguém interessava saber se o menino era deveras culpado. O fato de ser filho de pai tão poderoso o tornava culpado por antecipação.
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Eis que o inferno astral de Eike faz com que, de um dia para outro, sua fortuna caia como um castelo de areia. Em 24 horas as ações de sua empresa caíram 90%. E o poderoso marido da Luma, pai de Thor e Olin, se viu envolvido em denúncias tão sucessivas quanto a queda de sua fortuna na Bolsa de Valores.
Na semana passada vi pela TV o que julguei ser o fim do Eike. Seus bens pessoais foram confiscados pela Receita Federal. E, confesso, fiquei fascinada pelo fato dele usar um carro como objeto de decoração na sala de sua casa. Mesmo na derrocada ele mostra que é um homem fora do comum.
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Ai, quando julguei que mais nada poderia acontecer, aparece um juiz, o mesmo que mandou confiscar seus bens, dirigindo, todo faceiro, um dos carros do Eike que deveria ir a leilão ainda essa semana. E algumas perguntas povoaram meu “universo investigativo”: 1 – Teria o juiz desejos internos e invejosos pelo poderio do acusado? 2 – Teria o juiz apenas agido com “inocência” ao ir trabalhar dirigindo uma máquina daquelas? Ou, 3 – O poder subiu-lhe à cabeça e achou que, com uma manobra junto ao Detran ele poderia se apoderar dos carros do Eike para dar uns rolezinhos por ai?
A mente humana é deveras impressionante. Inclusive a minha. E a do juiz.