Veja

Educação transforma vidas: interno do Conjunto Penal de Teixeira de Freitas é aprovado em Medicina

Imagem ilustrativa

09/04/2025 - 10h35Por: Ascom

Nesta segunda-feira, 7 de abril, o Conjunto Penal de Teixeira de Freitas (CPTF) registrou um marco histórico com a aprovação do interno R.C.R. no curso de Medicina da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). A conquista, confirmada pela instituição de ensino, simboliza a força da educação como ferramenta de reintegração social e abre novas perspectivas para os custodiados do sistema prisional.

O CPTF tem na educação um de seus pilares fundamentais, aplicando metodologias inspiradas na pedagogia social de Paulo Freire, que valoriza o diálogo e a formação crítica. O projeto educacional da unidade conta com parcerias como o Núcleo Territorial de Educação (NTE 07) e o Colégio Estadual Machado de Assis (CEMAS), garantindo acesso ao ensino mesmo em contextos desafiadores.

A diretora do CEMAS, Rosângela Martins, destacou a importância da rede colaborativa: “Essa vitória é fruto de um trabalho coletivo, mostrando que a educação transcende barreiras e oferece oportunidades reais de mudança.”

Orlando Berbel, coordenador educacional, afirmou que “essa aprovação é a prova de que, com apoio e dedicação, a educação pode reconstruir trajetórias”. Já o coordenador pedagógico André Almeida ressaltou: “A Medicina é um curso desafiador, e essa conquista reforça que a educação é a chave para um novo começo.”

Charles de Souza Martins, diretor do CPTF, declarou: “Este resultado consolida nossa missão de promover a ressocialização por meio do conhecimento. Acreditamos que cada interno pode ressignificar sua história.” Ele ainda reforçou a visão de Paulo Freire sobre o poder transformador da educação, não apenas como transmissão de conhecimento, mas como ferramenta de conscientização e autonomia.

A direção do CPTF mantém seu compromisso com um sistema prisional mais humano, combatendo a reincidência criminal por meio de políticas educacionais efetivas. “Educar não é apenas ensinar; é libertar. Estamos provando que, mesmo em condições adversas, é possível mudar destinos”, concluiu o diretor, reafirmando o papel transformador da educação no sistema prisional.