Documentos mostram que diretora afastada do presídio de Eunápolis solicitou melhorias para reforçar segurança
A fuga de 16 detentos do Conjunto Penal de Eunápolis, ocorrida em 12 de dezembro, resultou no afastamento da diretora da unidade prisional, Joneuma Silva Neres. O episódio reacendeu debates sobre a fragilidade da infraestrutura e a gestão do sistema prisional na região.
Documentos recentemente divulgados, revelam que Joneuma havia solicitado melhorias estruturais e operacionais antes da fuga. Entre as demandas estavam a construção de um muro de segurança, o aumento no efetivo policial e a capacitação da equipe. Essas solicitações foram encaminhadas ao superintendente de Gestão Prisional, Luciano Teixeira Viana, e ao Secretário de Administração Penitenciária, José Castro, mas não obtiveram retorno adequado.
Joneuma assumiu o cargo em março de 2024, mas a unidade prisional já enfrentava problemas há anos. Desde 2012, 41 fugas foram registradas, evidenciando a precariedade das instalações e a falta de medidas preventivas.
O episódio mais recente incluiu o resgate armado de dois líderes de facções criminosas, realizado por homens fortemente armados. Episódios graves anteriores incluem a fuga de sete detentos em 2022 por um buraco no teto e uma rebelião em 2014 que deixou seis mortos e destruiu boa parte da unidade.
Além dos pedidos de melhorias estruturais, Joneuma formalizou reuniões com representantes estaduais de direitos humanos e da AGERSA, buscando apoio para resolver os problemas da unidade. Essas visitas ocorreram antes do período eleitoral e foram documentadas em atas.
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