Caso Tábita: Testemunhas afirmam que motorista estava embriagado e delegado comenta investigação
Durante as investigações da Polícia Civil que apuram a morte de Tábita Pereira, jovem de 27 anos, que perdeu a vida na madrugada do último domingo, 3 de novembro, após ser atingida por uma caminhonete enquanto pilotava sua motocicleta, testemunhas relatam que o motorista responsável pelo acidente, Márcio Baiocco, apresentava sinais de embriaguez no momento da colisão. O caso tem gerado grande repercussão na cidade e nas redes sociais, enquanto familiares e amigos da vítima cobram justiça.
O acidente aconteceu quando o veículo conduzido por Baiocco teria invadido a contramão, colidindo frontalmente com a motocicleta de Tábita. Nesta segunda-feira, 4 de novembro, o motorista compareceu à Delegacia da Polícia Civil de Itamaraju para prestar depoimento, acompanhado por um advogado.
No entanto, ele negou ter ingerido bebidas alcoólicas, mas reconheceu a imprudência ao tentar uma ultrapassagem em um local sinalizado com faixa contínua, onde a manobra é proibida.
O delegado titular, Gilvan Prates, em entrevista ao âncora do programa Repórter Extremo Sul, Rismar Santana, da Rádio Extremo Sul, explicou que o inquérito está sendo conduzido com celeridade, buscando esclarecer todos os detalhes do ocorrido. Até o momento, a Polícia Civil ouviu sete testemunhas, que afirmaram que o motorista aparentava estar sob efeito de álcool. A equipe de investigação também coletou imagens de câmeras de segurança na tentativa de reconstruir o trajeto percorrido por Baiocco antes do acidente, o que pode auxiliar na comprovação de que ele consumiu álcool.
Prates informou que novas testemunhas, incluindo possíveis frequentadores dos estabelecimentos pelos quais o motorista passou, podem ser ouvidas. Além disso, a perícia foi realizada tanto na cena do acidente quanto nos veículos envolvidos, e os laudos aguardados, incluindo o de necropsia de Tábita, devem ser anexados ao inquérito para dar robustez às provas.
O caso, registrado inicialmente como lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, previsto no Código de Trânsito Brasileiro, possui uma pena máxima de quatro anos. No entanto, a possibilidade de agravamento da pena para até oito anos surge se for comprovado o consumo de álcool pelo motorista. O delegado Gilvan Prates também destaca que há possibilidade de alteração para dolo eventual, em que o réu assume o risco das consequências de seus atos. Essa mudança para o âmbito do Código Penal poderia transformar o caso em homicídio simples, cuja pena pode chegar a 20 anos, ou, dependendo da análise da Promotoria e das provas, até mesmo a 30 anos em caso de qualificadoras.
Prates ressalta que ainda é cedo para fazer afirmações, uma vez que as investigações ainda estão em andamento, e por isso é preciso cautela até a conclusão do inquérito policial.
A família de Tábita aguarda com expectativa os próximos desdobramentos das investigações, enquanto o trabalho da Polícia Civil avança na busca por justiça para a jovem que perdeu a vida de forma trágica e prematura.