Caminhoneiro investigado por morte de menino de 2 anos alega que não viu acidente
O caminhoneiro envolvido no acidente de moto que matou um menino de dois anos, em Itanhém, alega não ter visto o momento em que a criança e a mãe caíram. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 9 de dezembro, pelo delegado Moisés Damasceno, coordenador regional de Polícia Civil (PC).
Maria Luiza pilotava a motocicleta, no sábado, 6, quando se desequilibrou ao tentar ultrapassar o caminhão dirigido pelo investigado, e caiu com Reynan Neves Santana. Informações iniciais apontam que o menino foi atropelado após a queda. Ele morreu na hora.
Em entrevista exclusiva ao g1, no domingo, 8, a mulher apontou que o motorista fez uma manobra perigosa, provocando o acidente, e fugiu do local sem prestar socorro. Assim como o caminhoneiro, ela deve ser ouvida nos próximos dias, na Delegacia de Itanhém, que apura as circunstâncias do ocorrido.
“O motorista do caminhão já fez contato através do advogado, já se apresentou e vai ser ouvido durante a semana. Estamos investigando todas as circunstâncias, inclusive, se a mãe da criança vai responder por algum procedimento, já que ela levava na motocicleta uma criança de apenas dois anos, e a Legislação de Trânsito é muito clara: é proibido levar crianças abaixo de dez anos na motocicleta”, disse o delegado Moisés Damasceno.
O acidente
O acidente aconteceu na manhã de sábado, no momento em que Maria Luiza voltava para casa após visitar o pai, na zona rural de Itanhém. À reportagem, ela contou detalhes do ocorrido.
“O caminhão estava subindo e tinha muita poeira. Aí, eu esperei dar um espaço para ultrapassar, mas, quando eu fui, ele jogou o caminhão pra cima de mim. Eu fui para o canto, a moto escorregou e eu só lembro da queda. Quando levantei, meu filho já estava morto”, contou.
Maria Luiza recebeu alta após ser atendida no Hospital Municipal Maria Moreira Lisboa, em Itanhém, mas ainda sente dores no corpo e tenta lidar com a perda do filho único.
O menino foi sepultado no domingo, no cemitério da cidade, sob forte comoção.
“Só machuquei a perna, o tornozelo e a cintura, mas o corpo está todo dolorido. Só que meus ferimentos não foram tão graves como a dor de perder meu anjinho. Minha vida acabou”, desabafou.