Cabeleireiro suspeito de matar amigo por causa de indenização é preso na BR 101
Suspeito de um assassinato em Santo Antônio de Jesus, o cabeleireiro Alefe de Jesus, de 29 anos, foi preso na tarde de quarta-feira, 17 de janeiro, na zona urbana de Eunápolis. Com mandado de prisão decretado pela justiça da comarca do município do Recôncavo baiano, Alefe foi flagrado pela Polícia Rodoviária Federal trafegando em um carro roubado pela BR-101.
Durante a ação, que contou com o apoio do serviço de inteligência da Polícia Civil, os policiais constataram também a ordem de prisão pela morte do marceneiro Anderson Santos, de 27 anos. O corpo da vítima, que havia desaparecido no dia 29 de dezembro, foi encontrado quatro dias depois, em uma região de difícil acesso na zona rural de Valença. Segundo as investigações, antes de ser morto, o marceneiro foi mantido em cativeiro.
Conforme o inquérito, o preso tinha uma relação de amizade com a vítima, que havia recebido ma indenização após a explosão de uma fábrica de fogos, em 1998, em Santo Antônio de Jesus.
“Anderson tinha recebido uma indenização, e dois homens, que tinham relação de amizade com ele, com o intuito de obter vantagens, cometeram o homicídio”, explicou o coordenador da Polícia Civil em Santo Antônio de Jesus, delegado Joaquim Souza.
O carro da vítima também foi subtraído e vendido na cidade de Mutuípe. O outro envolvido no crime, que também possui mandado de prisão em aberto, está sendo procurado pelos policiais.
VÍTIMA RECEBEU UMA INDENIZAÇÃO – Anderson era um dos beneficiários do processo indenizatório determinado pela Corte Interamericana dos Direitos Humanos, após a perda de sua mãe na explosão de uma fábrica de fogos em 1998, recebendo recentemente uma indenização.
Alefe também foi autuado em flagrante por receptação, pois o carro havia sido roubado em outubro na cidade de Salvador, e por uso de droga, uma vez que portava comprimidos de anfetaminas, medicamento conhecido como ‘rebite’, sem receita médica.
O preso foi encaminhado para Santo Antônio de Jesus, onde segue custodiado à disposição do Poder Judiciário.