históricos
As assombrações do rio em Teixeira; Fatos Históricos
Dando continuidade ao editorial de Fatos Históricos, o Sulbahianews conta neste artigo a lenda das assombrações que aterrorizaram o rio nas décadas de 50 e 60, narrada por Domingos Cajueiro, membro da família Freitas Correia, uma das mais antigas do município.
Segundo Domingos Cajueiro, seus primos Vantuil e Jair de Freitas Correia – dupla caipira ‘primo e sobrinho em evidência’, notáveis mergulhadores dos meados de 1950, tinham receio de pescar na cachoeira do rio situada na Fazenda Nova América, porque eram aterrorizados por assombrações.
De acordo com Cajueiro, seus primos ainda lembram de quando iam para o rio acompanhado de amigos e alguns familiares durante a noite, levando facão ou arpão de três pontas para abater piabanha, pia e traíra, e encontravam um peixe muito grande que assustava os pescadores.
Há relatos de que o peixe ficava em poços fundo e quando percebia o feixe de luz se debatia como se fosse baleia em alto mar, cobrindo tudo de água e apagava os feixes de biriba, obrigando os pescadores a irem embora.
Os primos de Cajueiro ainda contaram sobre um mergulho que os aterrorizou. Eles estavam na companhia de um amigo chamado “Vando” nas profundezas do rio com uma grande rede, quando notaram um animal com patas curtas, olhos arregalados e muito grande, entrelaçado na rede.
Ainda de acordo com relatos, quem estava de cima segurando a rede comemorou, achando que vinham muitos peixes, mas a rede logo foi arrebentada pelo animal.
Cajueiro ainda cita outros relatos dos pescadores Benedito de Lelê e Nego Gi, que pescavam entre a Fazenda Cachoeira Rica e Fazenda Funil, onde também existia um poço fundo, onde o animal também se escondia.
A comunidade colocou o nome, na época, de “Buraco do Bicho”, mas esse animal desapareceu com a grande enchente de 1968, que veio de Medeiros Neto causando grande devastação.
Ficou curioso para saber mais? No próximo artigo o Sulbahianews vai contar sobre os perigos do rio.
Oportunidades de emprego:
Fatos Históricos
Domingos Cajueiro Correia, de 65 anos, é o primeiro policial rodoviário a se formar no município. Ele faz parte de uma família que leva consigo a história de Teixeira de Freitas, desde quando era um pequeno povoado até a sua criação, e que contribuiu para o desenvolvimento do município. Hoje, além de atuar nas rodovias, ele dedica seu tempo para contar relatos narrados por seus familiares. Aproveitem este espaço que vai mostrar curiosidades que muitos teixeirenses desconhecem.
Veja mais textos