Julgamento

Acusado de matar ex-sócio não comparece ao júri, é condenado à 20 anos de prisão e segue foragido

25/05/2024 - 09h06Por: RadarNews

Acusado de matar o ex-sócio por desentendimentos comerciais, José Cláudio Ferreira, de 54 anos, foi condenado a 20 anos e nove meses de prisão, em júri popular presidido pelo juiz André Strogensk, nesta sexta-feira, 24 de maio, em Porto Seguro .
Como não compareceu ao julgamento, o réu foi condenado à revelia. Ele foi considerado foragido e teve prisão preventiva decretada. Sérgio Santos Menezes, de 25 anos, comparsa de José Cláudio, esteve presente no julgamento e foi condenado a 16 anos de reclusão.

REVOLTA DA VIÚVA – A viúva de Leandro Reis Duque, de 31 anos, assassinado em fevereiro de 2017 com um tiro de espingarda e enterrado, afirmou a reportagem que ficou indignada com o fato de José Cláudio ter sido solto pela Justiça alguns meses antes do julgamento . Ele havia sido recapturado em dezembro do ano passado, em Governador Valadares, após passar vários anos foragido.
“Nossa maior revolta é entender por que ele foi solto alguns meses antes do julgamento, mesmo sendo preso em dezembro e com indícios de que fugiria novamente. A pena não foi tão grande quanto esperávamos, mas o que mais nos entristece é a Justiça tê-lo solto tão perto do julgamento”, disse Mariane Duque.

FUGA APÓS BENEFÍCIO – Os acusados ​​foram presos cerca de três meses após o homicídio, que ocorreu em fevereiro de 2017. No entanto, a liberação da prisão e passou a responder em liberdade. Após não se apresentarem regularmente à Justiça, foram considerados foragidos. Em dezembro do ano passado, José Cláudio foi preso em Minas Gerais durante uma abordagem de trânsito. Na ocasião, o julgamento já estava marcado, mas ele conseguiu novamente o relaxamento da prisão e não compareceu ao júri.
EX-SÓCIO ATRAÍDO PARA EMBOSCADA – Segundo a polícia, o crime foi motivado por desentendimentos comerciais. José Cláudio e Leandro Reis Duque eram sócios em uma usina de concreto em Arraial d’Ajuda. Após a separação, Leandro abriu uma nova fábrica, o que gerou rivalidade.

Conforme as investigações, o assassinato ocorreu após Leandro ser atraído com uma proposta falsa de negócios até Coqueiro Alto, na estrada Arraial d’Ajuda-Trancoso, onde foi morto. O corpo de Leandro foi enterrado em uma cova rasa e o carro queimado. O corpo só foi encontrado em maio de 2017.


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