Entenda

A história da criação da Diocese de Teixeira; Fatos históricos

04/10/2018 - 07h40Por: Sulbahianews/Siara Oliveira
Igreja de Caravelas

Diante das dificuldades de comunicação entre o Sul e o Centro do bispado, que residia em Ilhéus, no dia 1º de maio de 1948, o Dom Benedito Zorzi, então bispo daquela cidade, escreveu uma carta ao Sr. Núncio falando da intenção de se criar uma prelazia desmembrada da diocese central, sendo que seu desejo da criação da prelazia havia partido do antecessor de Dom Benedito, Dom Felipe Condurú.

A nova prelazia deveria ser em Caravelas, já que naquela época era a cidade mais populosa, com os melhores meios de transportes, voos do Rio de Janeiro e Salvador, além de possuir a via férrea (trem) e uma casa paroquial.

A necessidade da criação de uma prelazia devia-se principalmente ao fato de se ter no extremo sul da Bahia somente três sacerdotes, um em Alcobaça, em caráter provisório, um em Caravelas e outro em Porto Seguro.

No mesmo ano, o Dom Benedito viajou para participar de um congresso nacional eucarístico e conversou com o Dom Jaime Câmara, que o sugeriu a criação de uma diocese em vez de criar uma plenária.

Em 1952, o Dom Benedito foi transferido para Caxias do Sul, sendo sucedido por Dom João Resende. Nesta época, Dom João fez algumas visitas surpresas à região a fim de conhecer a realidade econômica e religiosa do sul da Bahia para julgar a necessidade de criação da nova diocese.

Em meados de 1957, o Dom João Resende comunica ao então vigário de Caravelas, Frei Oswaldo, que a Santa Sé pretendia criar uma nova diocese no sul da Bahia, e que a sede mais indicada seria possivelmente Caravelas.

Frei Oswaldo começa, então, mobilizar as autoridades políticas da cidade para conseguir uma casa digna para ser o palácio episcopal. A notícia causou grande alvoroço na população, que se mobilizou para providenciar uma casa para ser sede da diocese.

No final do ano de 1957, o Dom João Resende é transferido, cessando por enquanto as atividades em redor da criação da diocese. Em abril de 1958 é nomeado o novo bispo para diocese de Ilhéus Dom Caetano.

No final do ano de 1958, em visita à cidade de Caravelas, Dom Caetano reafirma a construção da nova diocese nesta cidade, e em 1959 o frei Oswaldo é substituído por frei Oto, que começa a construção do palácio episcopal próximo a matriz de Santo Antônio de Pádua, com doações e recursos próprios.

Durante certo tempo cessou-se o comentário para criação da nova diocese, e tudo corria sob total sigilo. Em 1962 é então criada a diocese de Caravelas, pelo papa João XXIII, pela bula pontifícia Omnium Ecclesiarum, datada de 21 de julho de 1962, a nova diocese contemplaria uma área de 26.924 km² com uma população aproximada, na época, de 270.000 habitantes e sete paróquias.

O território da diocese ficou composto pelas cidades de Santa Cruz de Cabrália, Porto Seguro, Prado, Alcobaça, Caravelas, Nova Viçosa, Mucuri, Medeiros Neto.

No ano de 1983 é nomeado o papa João Paulo II, Antônio Elizeu Zuqueto, para ser o novo bispo da Diocese de Teixeira de Freitas/Caravelas, sendo sagrado Bispo neste ano, tendo como lema no brasão “Cristo é a nossa paz”.

No dia 18 de abril de 1983, a sede da diocese foi transferida para Teixeira de Freitas, mediante decreto “Sacra Congregation Pro Episopis”, e posteriormente ficou denominada diocese de Teixeira de Freitas/Caravelas.

Mais tarde é criada a diocese de Eunápolis, a qual pertencia a Teixeira de Freitas/Caravelas, passando a diocese ser composta, agora, com as seguintes cidades: Jucuruçu, Itamaraju, Prado, Alcobaça, Caravelas, Mucuri, Nova Viçosa, Itanhém, Medeiros Neto, Lajedão, Ibirapuã e Teixeira de Freitas; hoje, totalizando 25 paróquias e 2 áreas pastorais.

Referência: Diocese de Teixeira de Freitas/Caravelas

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