A chegada da energia elétrica e a primeira sorveteria em Teixeira; Fatos Históricos
Em 1966, quando o governo do estado da Bahia estava fazendo a colônia na cidade de Nova Viçosa, uma colônia de japoneses, chega em Teixeira o casal José e Maria Siloti; o povoado ainda não tinha nada.
Pouco tempo depois, chegaram os filhos do casal e decidiram investir na pequena cidade. O primeiro da família a construir um comércio foi Pedro Siloti, que montou o Plaza Hotel, onde hoje fica a Casa Monarca.
Depois, Valeriano Siloti iniciou o trabalho de construção civil na cidade, e seu pai aproveitou para investir também no comércio e construiu uma casa nas proximidades da praça dos Leões, onde se concentrava o único comércio do povoado.
Da casa, José abriu uma sorveteria e foi o primeiro homem a trazer energia para Teixeira. O senhor José investiu no gerador e trouxe eletricidade para o hotel do filho e para seu empreendimento.
A partir da década de 70, iniciou a construção da BR-101 e logo as matas também foram derrubadas e substituídas por pastagens. Inicialmente, em um processo mais lento, chegaram os criadores do interior baiano. Após a construção da rodovia, vieram principalmente os criadores mineiros e os madeireiros capixabas, que, numa conjugação de interesses, intensificaram a tomada da mata.
Teixeira então teve uma grande alavancada, e o senhor José passou a iluminar também a praça com um gerador, que ficava ligado pela manhã, desligava ao meio-dia, às 4 horas era ligado novamente, e só desligava às 22 horas, quando todos os moradores iam dormir.
Pouco tempo depois, chegou em Teixeira o motor estacionário, que passou a iluminar a cidade, mas o gerador funcionava apenas durante a tarde, à noite era desligado.
Continuou assim por alguns anos, até que Teixeira, em 1985, foi emancipada.
Teixeira continuou a crescer e recebeu a primeira universidade, a Uneb, que hoje recebe alunos de toda a região.
*Os relatos são do empresário João Siloti, filho do senhor José Siloti, um dos primeiros alunos a se formar na Uneb.