Despedida

Dor e comoção: corpo de Marcela Ramos é sepultado em Itamaraju

20/11/2024 - 17h28Por: Sulbahianews

O corpo de Marcela Ramos foi sepultado na tarde desta quarta-feira, 20 de novembro, no Cemitério Municipal Parque da Paz, em Itamaraju. O momento de despedida foi marcado por muita dor e comoção, refletindo o impacto de sua trágica partida.

Marcela faleceu na manhã de terça-feira, 19, em uma unidade hospitalar no município de Serra, no Espírito Santo. Ela estava internada desde o último dia 15, após ser baleada pelo próprio cunhado enquanto trabalhava como atendente em uma padaria na cidade capixaba.

O autor do crime, Paulo dos Santos Pereira, de 42 anos, foi preso no mesmo dia e confessou ter efetuado os disparos. De acordo com a polícia, Paulo acreditava que Marcela estava ajudando sua irmã – esposa dele – a se esconder, após ela fugir de casa devido a um relacionamento abusivo que perdurava há cerca de 10 anos.

As investigações apontaram que a esposa de Paulo foi torturada um dia antes do crime. Ela relatou que não suportava mais as agressões, que incluíram uma série de atos de extrema violência ao longo dos anos.

Segundo o relato, a mulher teve um braço quebrado, a orelha esquerda decepada com uma foice, a orelha direita cortada com um barbeador, dedos esmagados com um martelo e partes íntimas mutiladas com um alicate. Após escapar, a mulher fugiu para a Bahia, onde denunciou o marido à polícia.

O Sulbahianews apurou que Marcela vivia um período de renovação e felicidade, depois de vencer uma difícil batalha contra o câncer de útero. Mãe de dois filhos já adultos, ela trabalhava há cerca de 10 anos em uma padaria no bairro Hélio Ferraz, em Serra.

Durante o tratamento contra o câncer, amigos e vizinhos realizaram uma campanha de arrecadação para ajudá-la com os custos médicos, gesto que emocionou sua família e a fortaleceu na recuperação.

No dia em que foi baleada, um de seus filhos estava presente na padaria e testemunhou o momento em que a mãe foi atingida pelos disparos.

O último adeus a Marcela foi marcado por grande comoção. Ela era profundamente admirada tanto em Itamaraju, sua cidade natal, quanto em Serra, onde viveu por mais de 10 anos.

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