Esquema de corrupção de juízes no extremo sul é destaque Fantástico
O Fantástico deste domingo, 25 de agosto, mostra os detalhes da investigação que afastou três juízes por suspeita de grilagem de terras, corrupção e agiotagem em Porto Seguro, no sul da Bahia, onde estão as praias mais famosas no mundo todo.
São eles:
Fernando Machado Paropat, titular da 1ª Vara Cível da Comarca de Porto Seguro;
André Marcelo Strogenski, titular da 1ª Vara Criminal;
Rogério Barbosa de Sousa e Silva, titular da Vara da Infância e Juventude e Execução de Medidas Socioeducativas.
De acordo com a Corregedoria-Geral da Justiça, o grupo, conhecido como “Liga da Justiça”, emitia documentos fraudulentos em que eles apareciam como proprietários de áreas que já tinham dono. O esquema não era descoberto, uma vez que o responsável por fiscalizar os atos desse cartório era um dos juízes afastados.
Com isso, os magistrados passaram a ser donos de 101 matrículas de casas e terrenos em praias paradisíacas no sul da Bahia. Em uma dessas áreas, o grupo está construindo um condomínio de luxo.
Além dos três juízes, um promotor, empresários, advogados e um secretário do município são suspeitos de envolvimento nas irregularidades.
O que dizem os investigados
A defesa do juiz Fernando Paropat diz que as notícias sobre o caso têm informações prematuras e inverídicas, que qualquer conclusão em procedimento preliminar será apenas especulação temerária.
Os fatos apontados nunca foram praticados pelo juiz, diz a defesa, que repudia ilações indevidas e levianas a partir das apurações em curso.
Já a defesa do juiz Rogério Barbosa afirma que o afastamento dele não deu por nenhum fato ligado ao exercício da magistratura e que ele nunca atuou em processo imobiliários na vara cível de Porto Seguro. A nota diz que o terreno do juiz não é na “Liga da Justiça” e que ninguém o acusou de praticar agiotagem.
A advogada de Henrique Daumas Nolasco afirma que ele não praticou atos ligados aos supostos ilícitos que estão sendo apurados e que ele é inocente e deu depoimento à Corregedoria como testemunha.
Até a publicação desta reportagem, a reportagem não conseguiu contato com o juiz André Strogenski, o promotor Wallace Carvalho e representantes do empreendimento Arraial Costa Verde.
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