Vídeo mostra pai do suspeito de matar a cigana Hyara Flor com arma em bar
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o sogro de Hyara Flor exibindo uma arma de fogo enquanto bebe em um bar. A advogada da família da vítima confirmou que o homem que aparece na filmagem é o sogro da adolescente da comunidade cigana, que foi morta com um tiro em Guaratinga, no extremo sul da Bahia, no dia 6 de julho.
Não há informações sobre quando e onde o vídeo foi gravado. Apesar disso, a advogada da família, Janaína Panhossi, contou que a família da vítima acredita que a arma exibida pelo homem pode ser a mesma usada para balear Hyara.
“A família da vítima não acredita em disparo acidental, eles estão convencidos de que trata-se de um crime intencional e premeditado. A família suspeita que tenha sido a mesma arma utilizada no crime, mas só a perícia pode afirmar isso”, disse.
A família da adolescente contou que o crime teria sido uma vingança, porque o tio de Hyara tinha um relacionamento extraconjugal com a sogra dela.
Em entrevista, o pai da vítima contou que permitiu o casamento dos adolescentes porque Hyara teve um noivado desmanchado, o que não é bem visto na comunidade cigana.
Na segunda-feira, 17, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) decretou um mandado de busca e apreensão e um de internação do suspeito, que é o marido da vítima, um adolescente de também 14 anos.
A polícia acredita que marido de Hyara fugiu para o Espírito Santo com a família.
No domingo, 16, o Fantástico divulgou com exclusividade, imagens que mostram a movimentação do local onde Hyara Flor foi morta com um tiro. O caso aconteceu dentro da casa dela.
No vídeo, um dos irmãos menores do marido de Hyara Flor, um garoto de 9 anos, sai de casa e parece chamar pelo pai, que está conversando na rua. O pai e um tio do rapaz correm para dentro do imóvel.
As imagens mostram ainda que, três minutos após o disparo, a caminhonete de um vizinho entra na garagem da casa, e dois minutos depois leva Hyara Flor para o hospital. Ela morre em seguida.
De acordo com o delegado que investiga o caso, um tio do garoto é a única testemunha que diz ter visto o adolescente com a arma na mão.
A polícia rastreou o veículo e descobriu que a família do adolescente evitou rodovias movimentadas e seguiu por pequenas cidades da Bahia e do Espírito Santo, até Vitória. Na capital capixaba, tentaram ficar na casa de parentes.
Segundo a investigação, eles passaram ainda por uma colônia de ciganos em Cariacica, na Grande Vitória. Depois disso, desapareceram.