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Salários atrasados, assédio e vereadores ‘fura-fila’: Médicos de Itamaraju denunciam situação precária na saúde

29/12/2022 - 17h16Por: SulbahiaNews

Uma Carta Aberta à população de Itamaraju assinada por médicos plantonistas do Hospital Municipal de Itamaraju no último dia 26 de dezembro, denuncia a situação precária da saúde pública da cidade.

“Estamos vivendo tempos difíceis frente ao atendimento da comunidade itamarajuense”, inicia a carta que lista diversos problemas que estariam sendo enfrentados pelos profissionais, bem como, atrasos salariais e aumento da demanda de serviços devido a falha na Atenção Básica (setor que coordena postos de saúde).

De acordo com a denúncia, não há cobertura médica na Atenção Básica durante a semana, fazendo com que o paciente busque o Pronto Socorro. “Esse problema é tão grave que quando chegam pacientes de emergência (pacientes graves), muita das vezes não temos oportunidade de atendê-los devido à alta demanda de consultas que são de competência dos postos de saúde e da policlínica. E na maioria das vezes, quando deixamos as consultas para atender as urgências e emergências, somos agredidos verbal e fisicamente por alguns pacientes e acompanhantes que não entendem que o Pronto Socorro tem como finalidade atender Urgências e Emergências”, relata a Carta.

Os médicos também denunciam assédios morais por parte de alguns vereadores, “que não respeitam a fila nem a ordem de prioridades, exigindo internação para pacientes que não têm necessidade, ou bem como exigindo atendimento prioritário para os seus prediletos”.

Outra situação colocada pelos profissionais são os atrasos na manutenção de aparelhos (Raio X), essenciais a nossa prática clínica que prejudica o atendimento à população, “mesmo sendo atendidos pela parceria em clínica privada durante o dia, em período noturno trabalhamos sem o apoio de exames de imagens quando necessários”.

Várias outras demandas são relatadas pelos médicos na Carta que pode ser acessada na íntegra AQUI.

“Em tempo informamos à população que essa situação se torna pública a partir da publicação deste documento, porque já tentamos por diversas vezes diálogo com a Gestão da Saúde para medidas que possam sanar tais problemas, porém sem sucesso”, finaliza a Carta solicitando ajuda da população.

A prefeitura ainda não se manifestou sobre o documento que é assinado por 15 médicos plantonistas.


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