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“Fui desabafar” diz acusado de invadir prefeitura para matar prefeito após ser liberado pela polícia

06/11/2022 - 10h58Por: SulbahiaNews/Bell Kojima

Detido e liberado após oitivas do delegado Júlio Teles, titular da Delegacia Territorial de Itanhém, Solon Novais Oliveira, 42 anos, acusado de invadir a Prefeitura Municipal de Itanhém, à procura do prefeito, Mildson Medeiros (PSD), negou que estivesse armado e ido ao local para matar o gestor.

O fato aconteceu na manhã da última sexta-feira, 4 de novembro, depois que a esposa de Solon, Telma Monteiro dos Santos Oliveira, foi demitida do setor de Contabilidade.

“Sobre o ocorrido, o que houve de fato foi um momento de grande estresse, quando eu, nervoso e penalizado com a situação de minha companheira por uma demissão, normal, mesmo que difícil, agi com nervoso e fui até ali à porta da prefeitura ‘desabafar’. Mas de forma rude, infelizmente! Embora eu só tenho a agradecer a todos de Itanhém e o próprio prefeito que nos acolheu com muito amor e amistosidade sempre”, disse Solon, acrescentando que não tem o que reclamar, que pediu desculpas ao prefeito e aos que presenciaram aquele seu momento de raiva.

O homem acrescentou que não tem nada contra ninguém e que nunca portou arma ou qualquer outro objeto para ferir qualquer pessoa.

“Era apenas uma capa de óculos que estava no porta-luvas [do carro], que dependendo de como você pega parece uma arma, mas nunca foi, nunca possuir arma alguma”, destacou.

Em depoimento à Polícia Civil, um policial militar fardado — que estava no primeiro andar da prefeitura — disse ter visto Solon, com uma pistola na cintura, antes de entrar no carro e sair apressadamente depois que o viu.

Henrique Botelho de Andrade, chefe da Tesouraria da prefeitura, também disse em seu depoimento que ouviu a recepcionista gritar, dizendo que o homem estava armado.

“[Quero] pedir desculpa aos meus amigos e familiares e dizer que os tenho como pessoas instaladas no meu coração, [também] a todos da prefeitura e usar humildemente o pedido de perdão a todos eles”, enfatiza Solon.

“A gente erra, mas Deus conhece o meu coração e sabe da minha índole, não tenho inimigos e jamais terei, pois prezo pelo amor, obrigado Itanhém!”

O delegado, Júlio Teles, instaurou um Inquérito Regular para investigar o Solon e vai pedir informações à Polícia Federal (PF) para ver se o suspeito tem porte de arma, entre outras investigações.

“A Polícia Civil dará prosseguimento às investigações para encontrar a suposta arma do crime, até então, não encontrada. O suspeito negar possuir arma de fogo”, explicou o delegado.

Entenda o caso:


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