O homem que lutou com uma onça, a Festa dos Reis e o córrego da água vermelha em Teixeira
Foi realizada na manhã desta segunda-feira, 7 de maio, na Escola Municipal Tarsila do Amaral, em Teixeira de Freitas, mais uma etapa do projeto “Teixeira de Freitas, prazer em conhecer”, com a presença do policial rodoviário Domingos Cajueiro, que contou alguns fatos curiosos que aconteceram no município há alguns anos.
O projeto está sendo realizado com alunos do infantil 4 e 5, que, com a supervisão da diretora Gisenilde Meireles, a coordenadora do matutino, Gessione Resende, e a coordenadora do vespertino, Elisandra Silva, visitam lugares importantes da cidade e participam de rodas de conversas.
Segundo Gessione, o projeto tem como objetivo levar a história da cidade aos pequenos, para que tenham conhecimento de suas próprias histórias familiares.
O projeto será realizado durante todo o semestre e, ao final, será realizada a culminância, onde a família será convidada a participar e conhecer os trabalhos.
Fatos históricos
Domingos Cajueiro é filho de um dos pioneiros da cidade, o senhor José Félix Correia, da Fazenda Nova América, de onde se deu o ponto de partida para a criação dos bairros Castelinho, Nova América, Caminho do Mar, Monte Castelo e outros.
Segundo Cajueiro, antigamente, quando ainda não existia cemitério na cidade, os corpos eram levados para serem sepultados na Fazenda São Gonçalo ou no distrito de Duque de Caxias, antiga comunidade de “Arriba Saia”. A viagem era longa e o corpo era carregado em bambus até o local do sepultamento.
Reza a lenda que nesta época a população temia os espíritos que viviam nas matas e nos rios, como o “Caboclo d’água”, que fazia muitos pescadores morrerem afogados.
Cajueiro conta que houve um tempo em que sua mãe, Lourdes Cajueiro, estava tomando banho quando viu uma luz pequena se aproximando, era uma assombração. Sua mãe ficou tão assustada que precisou ser medicada.
O policial falou sobre as aparições de onças no povoado. Nas proximidades de onde hoje está situado o Shopping Teixeira Mall, morava um homem muito conhecido, que lutou com uma onça.
De acordo com Cajueiro, o homem de prenome Zé matou o animal a facão e ficou conhecido como “Zé da onça”.
Nas proximidades de onde hoje é o Supermercado Casagrande, o policial contou que existia um brejo com extensão a um córrego, e lá havia muitos pés de árvores, conhecida como “Juçara”. As frutas caiam na água e na época de colheita dava cor às águas, por isso que ficou conhecido como “Córrego vermelho”.
Teixeira era palco de tradicionais festas, como a de Reis. O Dia de Reis, segundo a tradição cristã, seria aquele em que Jesus Cristo recém-nascido recebera a visita de “alguns magos do oriente”.
Naquela época, a festa era realizada de casa em casa. Um homem entrava nas casas, com uma cabeça de boi, e a multidão o seguia. A festa durava quase um mês, até que todos os cidadãos recebessem a presença daquele homem.
O Sulbahianews dará continuidade aos fatos históricos do município, no editorial da próxima semana.